Antes de confiar, formalize. Contrato protege os dois lados.

Contrato não é desconfiança. É proteção.

Ainda é comum a crença de que um acordo verbal, firmado com base na palavra e na confiança, seja suficiente para assegurar os direitos e deveres entre as partes. No entanto, confiar não significa abrir mão de segurança. Um contrato bem elaborado não representa desconfiança, pelo contrário, trata-se de um instrumento essencial para proteger todas as partes envolvidas, inclusive quando há uma boa relação.

É importante destacar que nem sempre os problemas decorrem de má-fé. Muitas vezes, os conflitos surgem por falhas de comunicação, interpretações divergentes ou mesmo pelo esquecimento do que foi inicialmente combinado. O contrato, nesse contexto, atua como um instrumento claro e objetivo, capaz de prevenir disputas e mal-entendidos.

Um bom contrato define com precisão as obrigações de cada parte, os prazos a serem cumpridos, os valores envolvidos, a forma de pagamento e as penalidades aplicáveis em caso de descumprimento. Além disso, serve como prova legal em eventual necessidade de acionar o Poder Judiciário, conferindo mais segurança jurídica à relação estabelecida.

A ausência de contrato costuma causar prejuízos em situações comuns do cotidiano. É o caso de prestadores de serviço que não recebem após a entrega do trabalho; sócios que, confiando exclusivamente na palavra um do outro, se desentendem e não têm respaldo documental; empreendimentos informais que se desfazem sem qualquer registro; e vendas com pagamento de entrada que jamais se concretizam.

Por isso, se algo é importante o suficiente para ser combinado, é importante o suficiente para ser formalizado. O contrato evita desgastes, resguarda direitos e reforça a confiança entre as partes. Antes de firmar qualquer acordo, é recomendável consultar um advogado e garantir que o contrato atenda às necessidades específicas da relação em questão.